Resenha: Fiquei com o seu número - Sophie Kinsella

18 fevereiro 2014


Fiquei com o seu número, de Sophie Kinsella, conta a aventura em que Poppy Wyatt se meteu ao perder o seu anel de noivado.

Poppy está num hotel comemorando o seu noivado com as amigas quando de repente toca o alarme de incêndio, todos os convidados saem correndo, e o seu anel de noivado se perde no salão do hotel. 

“Eu o perdi. A única coisa no mundo que eu não poderia perder. Meu anel de noivado.
Dizer que esse é um anel especial não chega nem perto da verdade. Ele está na família de Magnus há três gerações. É uma esmeralda espetacular com dois diamantes, e Magnus teve que tirá-lo de um cofre exclusivo no banco antes de me pedir em casamento. Eu tenho o maior cuidado com ele todo santo dia há três meses, coloco-o religiosamente num prato de porcelana à noite, tateio para garantir que está no meu dedo a cada trinta segundos... E agora, no dia em que os pais dele vêm dos Estados Unidos, eu o perdi. Logo hoje.”

Como se isso não bastasse, quando está utilizando o celular, ligando desesperada para as amigas, tentando encontrar o anel de família caríssimo que ganhou do noivo, Poppy é assaltada e perde também o celular. Entra no hotel para conversar com o concierge e obter notícias sobre o desaparecimento do anel, quando encontra um celular na lata de lixo. Como achado não é roubado, fica com ele, já que era o seu único meio de comunicação. E agora dependia daquele celular para receber notícias do hotel quando encontrassem o seu anel.

“Uma vozinha na minha mente me diz que devo entregá-lo. Que devo ir à recepção e dizer: “Com licença, acho que alguém perdeu este celular.” É o que eu deveria fazer. Apenas andar até a recepção, neste momento, como qualquer cidadão responsável e com consciência cívica...
Meus pés não se mexem nem um centímetro. Minha mão se fecha ao redor do celular de forma protetora. O problema é que preciso de um celular. Aposto que o Grupo de Consultoria White Globe, seja lá quem for, tem milhões de celulares. E não o achei no chão nem no banheiro, não é? Estava num lixeira. Coisas jogadas na lixeira são lixo. Não são de ninguém. Foram descartadas no mundo. Essa é a regra.”
Não demora muito para receber a ligação do executivo Sam Roxton, dono do celular. Melhor, o aparelho era da secretária dele, que o jogou no lixo para ir atrás da carreira de modelo. Poppy precisa do celular para receber notícias sobre o anel e não quer devolvê-lo. Da mesma forma, Sam recebe muitos e-mails importantes pelo aparelho e precisa reavê-lo. 

“- Não quero roubar o telefone! – exclamo, indignada. – Só preciso dele por alguns dias. Dei o número para todo mundo, e é uma emergência de verdade...
- Você fez o quê? – Ele parece desnorteado. – Por que você faria isso?
- Perdi meu anel de noivado. – Mal consigo suportar falar em voz alta. – É muito antigo e valioso. E depois meu celular foi roubado, e fiquei completamente desesperada, então passei por uma lata de lixo e ele estava lá. No lixo – acrescento, para dar ênfase.  – Sua assistente jogou o aparelho fora. Quando uma coisa vai para a lata de lixo, é pública, sabe? Qualquer um pode ficar com ela.
- Que papo furado – responde ele. – Quem te falou isso?
- É... é de conhecimento geral. – Tento parecer firme. (...)
- Escuta senhorita... qual é o seu nome?
- Wyatt. Poppy Wyatt.
- Bem, chega de brincadeira, Poppy. Eu sinto muito pelo seu anel. Espero que apareça. Mas esse celular não é um brinquedinho do qual você pode se apropriar para seus próprios fins. É um celular empresarial que recebe mensagens de negócios o tempo todo. E-mails. Coisas importantes. Minha assistente governa minha vida. Preciso dessas mensagens.
- Eu as encaminho – ofereço no ato. – Encaminho tudo. Que tal?”

Entram em um acordo e resolvem dividir a Caixa de Entrada. Combinam que Poppy encaminharia todos os e-mails para ele assim que os recebesse em troca de ficar com o aparelho até resolver o mistério do anel.

Acontece que Poppy acaba se interessando pelos e-mails de Sam e se envolvendo neles. Sam precisa ligar para Poppy para saber sobre os seus recados e acaba se interessando em ajudá-la com o anel e com outros pequenos problemas.


É uma leitura bem leve e divertida. O livro é recheado com situações totalmente irreais, mas muito engraçadas. Mas, o mais interessante é que, mesmo com as várias ocorrências hilárias, essas são irrelevantes, o que importa realmente é o que está se passando acima da situação. Há vários momentos de tensão em que essas situações aparecem para dar graça ao livro e deixá-lo mais leve.

É interessante como a autora vai construindo e desconstruindo a imagem dos personagens. Não só dos principais, mas com vários deles você vai se surpreendendo com a transformação que sofrem durante o livro. Um personagem não é só o que vimos superficialmente à primeira vista, há muito mais, às vezes para o bom às vezes para o mau.

Gostei muito do tipo de romance que a autora propõe. Não é daquelas paixões abertas em que os personagens falam o que sentem e tudo acontece. É um romance sutil, representado com pequenas ações, com troca de olhares, com palavras não ditas e cheio de expectativas.

Sabe aquele sentimento de tristeza porque o livro acabou? Pois é, fiquei assim por dias. Esse livro poderia ter continuação. :(

As páginas são brancas; a fonte, a margem e o espaçamento são OK. O livro é enorme, um pouco pesado, mas é ótimo. A capa é linda.

Nota: 5/5 (Excelente)

ISBN: 978-85-01-09863-4
Editora: Record
Tradução: Regiane Winarski
Páginas: 462
Ano: 2013

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Até mais! Fabi

18 fevereiro 2014
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