Review: Outlast

15 fevereiro 2014


Se Resident Evil criou o gênero survival horror, Outlast foi o responsável por torná-lo relevante nos dias de hoje. Confesso que gosto de filmes de terror. Contudo, Outlast vai além. Nunca tomei tantos sustos em um mesmo game. 


Outlast é um game que tem uma história clichê. O jogo se passa em um hospício chamado Mount Massive, no Colorado. Você controla um repórter investigativo chamado Miles Upshur que, após receber denúncias de maus tratos no manicômio, decide averiguar o que está acontecendo. Mount Massive é o ambiente perfeito para o suspense. Tudo é envolvente: iluminação, sons de madeira gemendo, gotas de chuva, sussurros, gritos distantes... tudo faz com que a ilusão de se estar em uma situação surreal como a do personagem fique próxima de você. 

A primeira vez que você entra no hospital, o game já te mostra seus principais trunfos: sua câmera e a escuridão. Por várias passagens durante o jogo, você se encontrará imerso nas trevas, ao ponto de não conseguir ver absolutamente nada, não fosse sua câmera com visão noturna. Contudo, as baterias são piores que as de Smartphone top de linha e, caso utilize além da necessidade, você irá ficar literalmente no escuro.

Outlast se mostra impressionante desde o início. Ao entrar no manicômio você irá se deparar com um lugar vazio. Porém, nos primeiros minutos você irá notará vultos e barulhos ao seu redor. A tensão vai aumentando até o início da primeira perseguição. Em Outlast é assim, ou você se esconde ou Game Over. Alguns torcem o nariz para isso, queriam logo pegar uma shotgun e "meter bala" nos inimigos. E por falar em inimigos, nunca tive tanto medo de entrar em salas escuras. Você verá várias aberrações no hospício e o que irá te deixar realmente assustado é que alguns são inofensivos e outros não, e não tem como você descobrir quais são perigosos. Em uma das salas que entrei, vi um vulto parado em pé olhando para a parede, quase uma cópia do final do primeiro filme da série Bruxa de Blair. Quando cheguei perto... sem spoilers.


Outlast fez o que muitos jogos recentes não conseguiram: prendeu-me do início ao fim. Claro, o game tem alguns defeitos. Muitas vezes durante o jogo, opções de design inerentes a jogos eletrônicos estragam um pouco a experiência. Como exemplo, por várias vezes temos que pegar 2 ou 3 itens em um lugar para abrir um terceiro mediante um grande inimigo tentando nos pegar durante o trajeto da área. Esses momentos, algumas vezes frustrantes até que se descubra como o inimigo se comporta, quebram o clima de medo e tensão do game. Outro ponto negativo é o trabalho gráfico feito nos inimigos: muitos deles são apavorantes quando vistos de longe e toscos quando vistos de perto. Ainda bem, são a minoria. Porém, mesmo com esses pequenos defeitos, Outlast se prova competente em vários momentos. As novidades e o fluxo do game mantém um ritmo crescente do início ao fim.  Por maior que seja o manicômio, você raramente fica perdido. Os efeitos sonoros são incríveis. E os sustos...


Para quem curte o gênero survival horror e não tem histórico de doença cardíaca, Outlast é “o” jogo.

Plataforma: PS4 / PC
Desenvolvedora: Red Barrels

Nota: 8,5/10

Até mais! Cris

15 fevereiro 2014

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