Review: Watch Dogs

30 maio 2014


Watch Dogs talvez tenha sido o game que mais tenha feito um marketing agressivo desde que me lembro por gente. Propagandas, curtas, divulgação em várias mídias, pegadinhas... tudo foi feito para promover o GTA da Ubisoft. Pois, como todo jogo de mundo aberto, é com a franquia da Rockstar que as comparações são feitas. E, em termos, Watch Dogs não faz feio.


Desde sua apresentação, em que tirou suspiros de todos os gamers que a assistiram, na longínqua E3 de 2012, Watch Dogs foi tido como o jogo de mundo aberto que iria revolucionar tudo. Desde a jogabilidade refinada até o inovador sistema de hackeamento, passando pela cidade com cada NPC tendo sua particularidade. E, de certa forma, cumpriu o prometido. Na Chicago reproduzida no jogo, cada um dos NPCs tem, sim, um nome, características e hobbies individuais. E tudo isso você consegue ver através de um hackeamento feito por sua maior arma: seu smartphone. Outro ponto onde a Ubisoft inovou: aqui você terá que realmente usar a possibilidade de hackear câmeras, outros telefones, sistemas de segurança e vários outros mecanismos para se dar bem nas missões. 


A cidade é bem detalhada e enorme, diversificada e com detalhes incríveis. Experimente ir até a área rural ao entardecer por exemplo. Tempestades também dão um show a parte. Claro, as versões de PS4, Xbox One e PC são superiores nessas horas. As várias missões secundárias presentes na enorme Chicago nos distraem de completar o game em menos de 18 horas. Contudo, aqueles momentos súbitos onde éramos abordados e assaltados em GTA V, ou onde um NPC nos pedia um favor e nos surpreendiam no jogo da Rockstar, não existem aqui. 


Quando estamos a pé, o sistema de cobertura durantes os combates funciona de maneira correta. Parecido com Splinter Cell, ao deslocarmos de uma cobertura para outra, os inimigos continuam achando que estamos no último ponto de visualização. Ponto aqui para o sistema da Ubisoft, que faz com que não aparente que estamos lutando com robôs pré programados que adivinham nossa posição. Outro detalhe: em todo momento, as missões sempre dão ênfase em uma abordagem silenciosa, stealth. Mais até que na série Assassin's Creed. Para quem gosta, prato cheio. Porém, algumas fezes torna-se irritante o fato de sermos obrigados a nos tornarmos invisíveis para completarmos a missão. Frustrante.

A bordo de um carro, Watch Dogs se comporta de maneira menos convencional. Para começar, não podemos atirar enquanto estamos na direção. Ponto negativo. Contudo, podemos utilizar o smartphone para interagirmos com a cidade. Abrir semáforos, subir pontes, explodir bueiros e levantar portões. E, talvez obrigando os jogadores a usarem esse recurso, em uma perseguição é quase impossível pararmos um segundo carro sem utilizarmos o hackeamento. A vantagem é que a jogabilidade ao volante não é ruim e a cidade é recheada de placas, lixeiras, cadeiras e postes para que possamos derrubar quando em uma perseguição, dando aquele clima hollywoodiano.


A história e o personagem principal de Watch Dogs são seu maior problema. Aiden é apático. Sua história poderia ter sido bem formulada, construída em cima de uma vingança pessoal por uma tragédia de família, transformado o mesmo em um vigilante em busca de justiça. Contudo, para justificar as "maldades" que o jogador pode praticar, Aiden fica em cima do muro. E, da mesma forma como acontece com os jogos da série Assassin's Creed, a trama principal é contada de forma que, particularmente, não consigo acompanhar os eventos: seja por causa dos diálogos pouco impactantes, seja por causa da sequência as vezes abrupta, as vezes lenta, dos eventos que ocorrem com o personagem principal. Já os personagens coadjuvantes dão um show de interpretação. A maioria deles é interessante e ofuscam Aiden em vários momentos. 

Algo que a Ubisoft nunca fez direito, porém acertou desta vez, foi a escolha quanto a dublagem. Aiden e a maioria dos personagens possuem vozes convincentes, bem entonadas quanto a situação durante as conversas e com um time de dubladores de primeira. Claro, nem todas as vozes são legais, mas tendo em vista a gama de personagens durante o game, foi um passo adiante realizado pela Ubisoft.
O multiplayer em Watch Dogs funciona de maneira bacana. Você poderá participar de corridas pela cidade ou tentar hackear e despistar outro jogador (o modo mais bacana). Existe também um modo interessante onde você deve fugir de carro de outro jogador que irá colocar armadilhas e chamar viaturas e helicópteros através do aplicativo do Ipad.

Watch Dogs não é o um marco do mundo dos games. É, sim, um game interessante, que introduz vários elementos inovadores e imersivos em um jogo de mundo aberto e que tem tudo para revolucionar em uma sequência.



Plataforma: PS4 / PS3 / Xbox 360 / Xbox One / PC  
Desenvolvedora: Ubisoft

Nota: 9,0/10

Até mais! Cris

28 maio 2014




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