Resenha: Real – Katy Evans

07 agosto 2014


Real é o primeiro volume da série Real, de Katy Evans.

Remington Tate, O Arrebentador, é um lutador de boxe de clubes clandestinos que não pode mais lutar como profissional porque se envolveu em um incidente que o fez ser expulso da categoria. Faz o coração da sua legião de fãs bater quando entra no ringue. Embora seja considerado arrogante, violento e imprevisível, está sempre cercado por mulheres e bebidas.

“Meu.
Deus.
Covinhas.
Um maxilar escuro e sujo.
Sorriso de menino. Corpo de homem.
Um bronzeado matador.
Um arrepio percorre minha espinha enquanto eu, impotente, fico embebedada com o mesmo pacote que todo mundo parece admirar boquiaberto.”

Brooke Dumas, ex-atleta olímpica, formou-se em fisioterapia esportiva depois que sua carreira terminou com o acidente que sofreu nas olimpíadas. Além de machucar o joelho, foi exposta na internet com um vídeo que ficou marcado como o fim da sua carreira.

“Então, lá estou eu, nesse caseiro filme da vida real, pulando de dor fora da pista, chorando a plenos pulmões. (...) A enorme quantidade de comentários abaixo do vídeo ainda está fresca na minha mente.”

Brooke é levada pela sua amiga Melanie para assistir a uma luta. Não entende toda a confusão e gritaria que as mulheres no clube arrumam quando o Arrebentador entra no ringue. Mas, no momento em que ele coloca os olhos nela em meio a toda a multidão tem que admitir para si mesma que ele é de fato tudo o que elas gritam.

“Um frisson de energia nervosa passa por mim, não porque ele é extremamente lindo deste perfeito ponto de vista – porque ele é, ele definitivamente é, nossa, ele realmente é -, mas sobretudo porque ele está olhando direto pra mim.”

Fica surpresa quando recebe a proposta de trabalhar para Remington com reabilitação física enquanto se prepara para o grande campeonato que o levará em uma turnê pelo país durante três meses. Como trabalhar para o homem que a faria perder a calcinha só de olhar para ele?


O enredo é completamente diferente do que eu imaginava. A história é contada pelo ponto de vista de Brooke, ou seja, um ponto de vista feminino, com pouco diálogo entre o casal e poucas oportunidades para ver Remy se expressando.

Pelo fato de o protagonista ser um lutador, eu esperava ver o ponto de vista dele e encontrar um teor mais masculino, o típico bad boy que fica com quem quer e faz o que quer.  Mas, não.  O livro inteiro é expresso na obsessão sexual de Brooke, e Remy se comporta como o lutador mais romântico do mundo. (Hum?) Pois é.  Remy no ringue é imbatível, é um bad boy que tem uma carreira que “justifica” todas as mulheres e bebidas, mas com Brooke tem um comportamento de cavalheiro, ou seja, muito diferente do que eu esperava.

O livro se inicia bem interessante com os pensamentos de Brooke e cria uma curiosidade para conhecermos mais o lutador. Mas até a metade do livro não passa disso, chega a cansar ler o tanto que ela o cobiça e não acontecer nada. Remy tem uma iniciativa bem legal no início, mas depois o livro perde um pouco o sentido só com os anseios de Brooke.

Mas então, há uma reviravolta e o livro passa a abordar um tema surpreendente para mim. Não sei até que medida condiz com a realidade, mas achei bem legal. E aí todas as atitudes de Remy se justificam e tudo que não aconteceu até então passa a ter sentido.

Gostei muito de Remy. O seu comportamento é coerente com a sua realidade e ele sabe o que quer. Mas, Brooke... é  aquela personagem que você quer matar. No início ela foi bem coerente e parecia ser bem inteligente. Mas, depois só faz @$%&#. É burra, só consigo chamá-la de burra. Só faz coisa que você sabe que vai dar errado. Dá vontade de xingá-la o tempo inteiro. Apesar disso, adorei o livro. Ainda quero saber o que irá acontecer na próxima temporada. ;)

“Está gravado em mim proteger essa mulher, até de mim mesmo.”

As páginas são amareladas; a fonte, a margem e o espaçamento são OK, tranquilo para ler. A capa nem precisa comentar, né? De tirar o fôlego. ;)

E não podemos nos esquecer da seleção de músicas de Real, perfeita!

"And I don't want the world to see me
Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am" 
(Iris - Goo Goo Dolls)

Nota: 4/5 (Ótimo)

Editora: Novo Século
Tradução: Júlio de Andrade Filho
Páginas: 299 
Ano: 2014

E aí, você já leu? Poste aqui seu comentário.

Até mais! Fabi

07 agosto 2014
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